O Instituto de Arte e Cultura do Ceará – IACC , Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura – CDMAC convida para o Seminário Os sentidos da arte: pesquisas e práticas de acessibilidade em museus e educação, promovido pelo Projeto Acesso (Núcleo de Mediação Sociocultural do Memorial da Cultura Cearense - CDMAC) e pelo Núcleo de Formação em Arte e Cultura do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura.
Como atividade integrante das ações do Projeto Acesso, o Seminário surge dentro do processo de pesquisa iniciado em 2009, para identificar ações e contextos capazes de promover o acesso aos museus, notadamente das pessoas com deficiência, grupo meta do projeto. Com o objetivo principal de promover a formação, o diálogo e a troca simbólica sobre arte, acessibilidade e as distintas vias de comunicação, apreciação e integração que o museu pode oferecer na relação com o público meta, o evento traz debates e atividades que apontam para a discussão sobre conceitos e práticas no campo da educação e da arte inclusiva em sua interface com as práticas museológicas; sobre a inserção deste segmento no processo de produção, circulação e consumo da arte, possibilitando ao mesmo tempo um levantamento da produção artística local das pessoas com deficiência.
Com a participação de artistas e pesquisadores especialistas representantes de universidades brasileiras, o seminário apresenta no formato de palestras e oficinas as pesquisas em arte e práticas educativas inclusivas. Como destaque, o evento conta com a participação de pessoas com deficiência que atuam na área da música, artes visuais e dança.
Fui convidada para um seminário que acontece nesta semana, 24 a 27 de novembro de 2010, Os Sentidos da Arte no centro Cultural Dragao do Mar. Hoje, dia 24 participei de uma oficina de cerâmica com a professora Cláudia que veio do Rio Grande do Sul para ser uma dos facilitadores e palestrante. A oficina se deu com uma turma inclusiva de videntes, cegos, baixa visão e eu, surda. Fiquei muito emocionada em poder sentir as peça produzidas apenas pelo tato, já que a Professora Cláudia pediu que fizéssemos a oficina de olhos fechados por meio de uma venda, nós videntes. Assim pude perceber várias formas das obras produzidas na oficina e produzir as minhas também. Fiz em argila o ícone da Beira Mar de Fortaleza em parceria com outra pessoa, Alana, que também tem baixa visão. Pude me comunicar com os demais e entender as explicações da professor por intermédio do intérprete Felipe Maranhão que nesta ocasião foi meu guia-intérprete já que eu estava simulando a surdo-cegueira. Foi uma experiência muito enriquecedora tanto para mim, tanto para o intérprete, quanto para os demais presentes. Percebi que é muito difícil a comunicação de uma pessoa Surdo-cega. Precisaria aprender a língua de sinais tátil e não apenas a Libras da qual eu sou usuária.
Parcerias: Associação dos Cegos do Estado do Ceará – ACEC, Laboratório de Inclusão da Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social – STDS, Sociedade de Assistências aos Cegos – SAC, Instituto dos Cegos, Instituto dos Surdos do Ceará, Comissão de Políticas Públicas para Pessoas com Deficiência da Prefeitura de Fortaleza - COPEDEF.
Nenhum comentário:
Postar um comentário